O governo de Goiás lançou, nesta terça-feira (2/2), o Programa de Regularização Fiscal Facilita. Contribuintes que possuem dívidas com o e...
O
governo de Goiás lançou, nesta terça-feira (2/2), o Programa de Regularização
Fiscal Facilita. Contribuintes que possuem dívidas com o estado relacionadas a
tributos, como Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto sobre Transmissão
Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD), poderão
renegociá-las nos próximos dois meses, com descontos que vão de 60% a 98% nas
multas e juros acumulados.
A
secretária de Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, destaca que esta será a
última oportunidade de descontos dos próximos 10 anos. Uma lei aprovada pela
Assembleia Legislativa de Goiás no ano passado proíbe a realização de novos
programas de regularização fiscal pelo período de uma década.
Ao
todo, mais de 805 mil contribuintes possuem dívida ativa com o estado de Goiás,
referentes aos três impostos.
Para
IPVA e ITCD, as regras do programa valem para os débitos acumulados até o dia
31 de dezembro de 2020. No caso do ICMS, os descontos serão oferecidos para
quem tem dívidas datadas até junho de 2020.
Todo
o processo de consulta das regras e escolha das condições de pagamento poderá
ser feito pelo site: economia.go.gov.br/facilita. Em caso de
necessidade de atendimento presencial, o agendamento deve ser feito pelo
aplicativo EON/Economia Online.
Os
descontos oferecidos variam conforme a quantidade de parcelas, partindo do
mínimo de 60%. Na escolha do pagamento à vista do IPVA e ITCD, por exemplo, os
contribuintes terão 98% dos juros e multas descontados. No ICMS, o pagamento à
vista resultará em 90% de desconto sobre os juros e 98% sobre as multas.
Já
o parcelamento pode ser feito em até 60 vezes do IPVA e do ITCD e em até 120
vezes do ICMS, máximo oferecido para casos especiais, como empresas em
recuperação judicial.
Diferencial
Cristiane Schmidt destacou como vantagem do programa atual o fato de as
parcelas serem ajustadas pela taxa Selic. Ou seja, juros simples e mais baixos
do que o oferecido em programas de regularização anteriores, quando o que
determinava a correção das parcelas era um sistema de juros compostos (IGP-DI).
Goiás
possui, hoje, uma dívida ativa para receber de R$ 83 bilhões. A maior parte (R$
59 bilhões) corresponde a débitos do ICMS. “Só para terem uma ideia,
normalmente, o ICMS representa 70% da nossa arrecadação”, diz Schmidt.
Quando
o comparativo é a quantidade de pessoas devedoras, o imposto que sai na frente
é o IPVA. De acordo com os dados da Secretaria da Economia de Goiás, dos 805
mil contribuintes devedores hoje, mais de 664 mil (82,4%) são de casos
relacionados ao Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores.
Com
o programa, o governo goiano almeja receber cerca de R$ 850 milhões. Na segunda
(1°/2), foi o primeiro dia de negociação, conforme as regras do Facilita. O
montante de dívidas negociadas chegou a R$ 5,5 milhões.
As
vantagens do programa valerão também para juros de multas ambientais emitidas
pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás
(Semad). Nos casos julgados até o fim do ano passado, pessoas e empresas
autuadas pelo órgão ambiental poderão parcelar a dívida e aproveitarem os
descontos nos juros acumulados.
COMMENTS