Entre os 209 requerimentos que ainda aguardam deliberação do colegiado, 134 são pedidos de convocação; lista tem nomes de outros ministros...
Entre os 209 requerimentos que ainda aguardam deliberação do colegiado, 134 são pedidos de convocação; lista tem nomes de outros ministros do governo Bolsonaro, de governadores e prefeitos, além de secretários estaduais de Saúde
Jefferson Rudy/Agência Senado
Senadores já definiram quem
serão os primeiros depoentes ouvidos pela comissão
Nesta semana, a primeira de
atuação da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 , os senadores definiram os
primeiros nomes que serão convocados a prestarem depoimentos. Além de três
ex-ministros da Saúde - Mandetta, Teich e Pazuello -, o atual responsável pela
pasta, Marcelo Queiroga, e o ex-secretário especial de Comunicação Social da
Presidência da República, Fábio Wajngarten, também fazem parte desta 'primeira
leva' de convocações.
Segundo informações da Agência
Senado, o colegiado tem ao menos 209 requerimentos que ainda aguardam
deliberação, sendo que 134 destes são sobre novos pedidos de convocações para
depoimentos. Ao todo, outros cinco ministros, quatro governadores ,
quatro prefeitos, 13 secretários estaduais e municipais de Saúde, além de um
integrante do Supremo Tribunal Federal.
Confira a lista dos próximos
'alvos' da comissão
Ministro Paulo Guedes
(Economia)
Ministro Walter Braga Netto
(Defesa e ex-Casa Civil)
Ministro Luiz Eduardo Ramos
(Casa Civil e ex-Secretaria de Governo)
Ministro Marcos Pontes
(Ciência, Tecnologia e Inovações)
Ministra Damares Alves
(Mulher, Família e Direitos Humanos)
Governador João Doria (São
Paulo)
Governador Wilson Lima
(Amazonas)
Governador Rui Costa
(Bahia)
Governador Hélder
Barbalho (Pará)
Prefeito David Almeida
(Manaus-AM)
Prefeito João Rodrigues
(Chapecó-SC)
Prefeito Toninho Colucci
(Ilha Bela-RJ)
Prefeito Walter Lessa
(São Lourenço-MG)
Secretários estaduais de Saúde
de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí,
Sergipe e Rio Grande do Norte
Secretários municipais de
Saúde de Manaus-AM e de Porto Seguro-BA
Além destes, constam um
convite ao ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União
(CGU), e convocações do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), do
ex-prefeito de Fortaleza-CE, Roberto Cláudio, de ex-secretários de saúde do
Amazonas, do Distrito Federal e de Fortaleza, além do
governador Wellington Dias (Piauí), que seria o representante do Fórum de
Governadores.
Ainda de acordo com a
publicação, os senadores cogitam convocar integrantes do chamado
'gabinete do ódio', formado por servidores que atuam nas redes sociais da
Presidência da República e que é suspeito de promover campanhas de
desinformação em meio à pandemia. Entre os nomes, aparecem os assessores Tércio
Arnaud Tomaz, José Matheus Gomes e Mateus Matos Diniz, além do secretário de
Comunicação da Presidência, Flávio Rocha.
O general Edson Pujol,
que aumentou a produção de cloroquina , medicamento que não tem
eficácia comprovada contra a Covid-19, durante sua gestão no Exército, o
ministro Marco Aurélio Mello, do STF, responsável pela decisão que autorizou
governadores e prefeitos a adotarem medidas de restrição e de enfrentamento
ao coronavírus , o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, o presidente
da Funai, Marcelo Augusto Xavier, e o ex-secretário do Tesouro Nacional e atual
secretário especial de Fazenda, Bruno Funchal, também estão entre os nomes
cogitados.
Dos 73 requerimentos de
convite, 16 se referem à realização de audiências públicas e sugerem a
participação de representantes de diversas entidades, como universidades, organismos
multilaterais de saúde, hospitais públicos e privados, santas casas, órgãos de
controle e institutos de pesquisa. Além disso, a base aliada também solicitou a
presença de infectologistas para “prestar informações sobre as evidências
cientificas que comprovam a eficácia do tratamento precoce contra a covid-19 ”,
ponto que é defendido pelo governo Bolsonaro.
Os senadores também
querem ouvir representantes de laboratórios que desenvolvem ou já produzem
vacinas, como Butantan, Sinovac, Fiocruz, AstraZeneca, União Química, Instituto
Gamaleya, Instituto do Soro da Índia e Janssen, e fizeram pedidos de
informações à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
e ao Ministério da Saúde sobre propagandas,
campanhas ou inserções midiáticas e a compra de exames para
a detecção da Covid-19
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