A RSF observou uma intensificação dos ataques feitos pelo chefe do Executivo e registrou ao menos 87 ofensivas — um aumento de 74% em relaçã...
dos ataques feitos pelo chefe do Executivo e registrou ao menos 87
ofensivas — um aumento de 74% em relação aos 50 ataques identificados nos
primeiros seis meses de 2020.
Além disso, a entidade registrou
331 ataques contra profissionais e veículos jornalísticos no mesmo período que
partiram do presidente, seus filhos e membros do atual governo — grupo chamado
de “sistema Bolsonaro” pelo relatório. O registro de 2021 representa alta de
5,4% frente aos 314 observados em 2020.
Nesse entorno do presidente,
também atacam de forma recorrente a imprensa os três filhos políticos do
presidente: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), com 85 ataques; o
vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), com 83; e o
senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), com 38.
Completa o ranking dos cinco
agressores mais frequentes do jornalismo brasileiro no primeiro semestre de
2021 o ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS), com 18 ataques.
O relatório cita alguns exemplos
das declarações consideradas como ataques contra a imprensa. Uma delas foi
quando o presidente mandou jornalistas “enfiar as latas de leite condensado no
rabo”, quando questionado sobre a polêmica de gastos públicos do governo
federal.
Em outra ocasião, Bolsonaro insultou
uma jornalista da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, que o questionou
sobre ele não estar usando máscara ao chegar ao local de sua visita: “Cala a
boca (...) a Globo é imprensa de merda, imprensa podre”, gritou o presidente.
Em julho, a RSF inclui o
presidente em sua galeria de "predadores da liberdade de
imprensa" ao lado de nomes como o venezuelano Nicolás Maduro e Viktor
Orbán da Hungria.
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