"Nós trabalhamos para dar um ponto final nessa situação. O esticar das cordas, no meu entender, passou de todos os limites. Temos que...
"Nós
trabalhamos para dar um ponto final nessa situação. O esticar das cordas, no
meu entender, passou de todos os limites. Temos que trazer para a
normalidade", disse, em entrevista à Globo News, após a sessão.
Para
Lira, apesar de existirem dúvidas e desconfianças em relação ao processo
eleitoral e auditagem dos votos, "nós não podemos chegar à eleição com a
versão de que esse ou aquele foi prejudicado". O presidente da Câmara
ressaltou, também, que confia no sistema atual, por meio do qual foi eleito.
Na
noite de hoje, o plenário rejeitou a proposta que pretendia incluir um módulo
de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições de 2022. A
PEC do voto impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) teve 218 votos
contra, 229 votos a favor e uma abstenção. Para que a tramitação avançasse eram
necessários votos favoráveis de 308 dos 513 congressistas.
De
autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a PEC era de interesse de Bolsonaro,
que enfrenta perda de popularidade e ameaça reiteradamente a realização das
eleições de 2022
É
importante lembrar, no entanto, que desde a adoção das urnas eletrônicas no
Brasil, em 1996, nunca houve comprovação de fraude, como mostram auditorias
realizadas pelo TSE, investigações do Ministério Público Eleitoral e estudos
independentes.
Lira
ressaltou que a sessão foi democrática e que todos os parlamentares puderam se
expressar e defender suas teses. Sendo assim, o texto debatido hoje, nos termos
em que foi proposto, será arquivado. O presidente da Câmara explicou, também,
que não há tempo nem espaço para iniciar uma nova discussão neste ano.
Para
o deputado, porém, ainda é preciso sentar à mesa com representantes dos Três
Poderes para "escolher uma maneira racional, clara, objetiva, de
aumentarmos a transparência da auditagem".
"Como
eu falei genericamente para todos os Poderes: neste momento nossa mensagem é de
saber reconhecer os resultados quando eles são favoráveis ou quando são
contrários. É da democracia. Eu não acredito que haja outro comportamento por
parte do presidente Bolsonaro. Ele disse que respeitaria", disse, em
coletiva, na saída da Câmara
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